Brasília outros 50 anos e a Casa de Cultura e Educação Permanente de São Sebastião

O espaço para artistas manuais também está aberto aqui no “Brasília outros 50 anos”. As tendas, distribuídas principalmente no local próximo ao Teatro Plínio Marcos, estão repletas dos mais diversos objetos: bijuterias, biscoitos, enfeites, porta-retratos, roupas, bonecos, ursos de pelúcia, entre muitos outros produtos. Os vendedores são pessoas independentes e também instituições convidadas para participar do evento. Hosana Alves, por exemplo, representa uma Organização Não Governamental (ONG) convocada pelo ponto de cultural Ruart para vir compor o grupo de comerciantes da festa. Ela é a presidente da ONG Casa de Cultura e Educação Permanente de São Sebastião, a qual se apóia na proposta de geração de renda por meio do artesanato. A organização possui uma casa onde abriga crianças no período extra escolar. Enquanto os filhos fazem atividades voltadas para uma melhor educação e formação enquanto cidad’ão, as mães são encaminhadas para aulas e oficinas de artesanato. A intenção é que elas aprendam a fabricar os materiais sozinhas, para, através disso, conseguirem uma forma de sustento para a família.

Apesar da expressão de cansaço, natural para quem está exposto o dia todo ao sol do cerrado, Hosana esboça um sorriso de satisfação ao ser questionada sobre o evento: “É uma grande oportuniade, porque o trabalho que nós realizamos não se destaca diante de órgãos maiores do GDF. E nós precisamos muito de ajuda! A partir daqui podemos trazer um pouco do que estamos produzindo para a população”. Ela explica ainda que há muitos grupos que não tem a chance de participar de eventos como este. Aponta para a dificuldade que os grupos autônomos podem ter de expor seus produtos por conta própria, pois o aluguel de tendas é caro e existe também a exigência de processos burocráticos. Ela conclui, feliz: “Estamos gostando bastante de estar aqui, o espaço ao ar livre é amplo e o movimento do público é bom” – seus olhos traduzem a esperança de que os próximos 50 anos sejam melhores, pois pelo menos para a sua ONG eles estão começando bem.

por Mariana Fagundes

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