MORADORES DO MORRO AZUL, EM SÃO SEBASTIÃO, TRANSFORMAM ÁREA ANTES INFESTADA DE HANTAVIROSE EM HORTA COMUNITÁRIA. EM SEIS MESES, ELES COLHEM A PRIMEIRA VITÓRIA MÃES, FILHOS E NETOS PASSAM BOA PARTE DO DIA CUIDANDO DAS PLANTAÇÕES Há um ano e meio, aquilo tudo era lixo, mato e morte. Foi ali que Marinalva Pinto da Cruz, uma dona-de-casa de 25 anos, cheia de sonhos e planos, morreu de hantavirose, doença transmitida pelo rato silvestre. Há um ano e meio, nada ali lembrava vida. Só em 2004, 13 pessoas foram contaminadas na região. Cinco morreram. Vieram as lágrimas, o medo, a desolação, a vontade de ir embora daquele lugar. Houve quem o fizesse. Quem deixasse tudo para trás. Mas houve também quem resistisse. E quisesse contar outra história. Há seis meses, o que parecia impossível aconteceu. E, lentamente, aquela gente começa a renascer. Primeiro veio a pracinha, em frente à casa de Marinalva. Num mutirão de limpeza, os homens capinaram. As mulheres e as crianças recolheram a sujeir